O Que É Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas que se manifesta principalmente na infância, mas que pode persistir na vida adulta. Caracteriza-se por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade, que afetam o desempenho escolar, social e profissional do indivíduo. Este texto apresenta uma análise completa, profissional e envolvente sobre o TDAH, abordando seus sintomas, causas, diagnóstico, tratamentos e estratégias para conviver melhor com o transtorno.
O Que É o TDAH?
O TDAH é uma síndrome do neurodesenvolvimento, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), que envolve uma combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses sintomas são desproporcionais para a idade e o estágio de desenvolvimento da pessoa, interferindo significativamente em sua vida cotidiana.
Estima-se que o TDAH afete entre 3% e 8% das crianças em todo o mundo, sendo um dos transtornos mais comuns na infância. Em mais da metade dos casos, os sintomas persistem na vida adulta, embora a hiperatividade possa diminuir com o tempo, enquanto a desatenção e a impulsividade tendem a continuar.
Sintomas do TDAH
Os sintomas do TDAH dividem-se em duas grandes categorias: desatenção e hiperatividade/impulsividade. O transtorno pode manifestar-se predominantemente por um desses grupos ou de forma combinada.
Sintomas de Desatenção
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Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
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Erros por descuido em trabalhos escolares ou outras atividades;
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Parecer não ouvir quando falado diretamente;
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Dificuldade em organizar tarefas e atividades;
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Evitar ou relutar em realizar tarefas que exijam esforço mental prolongado;
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Perder objetos necessários para atividades (como lápis, livros, chaves);
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Distração fácil por estímulos externos;
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Esquecer compromissos e atividades diárias.
Sintomas de Hiperatividade e Impulsividade
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Inquietação, mexer mãos e pés ou se remexer na cadeira;
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Levantar-se em situações em que se espera que permaneça sentado;
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Correr ou escalar em momentos inadequados (em crianças);
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Dificuldade em brincar ou realizar atividades silenciosamente;
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Falar excessivamente;
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Responder perguntas antes de serem concluídas;
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Dificuldade em esperar a sua vez;
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Interromper ou se intrometer nas conversas ou jogos dos outros.
Tipos de TDAH
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o TDAH é classificado em três subtipos:
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Predominantemente desatento: quando os sintomas de desatenção são mais evidentes;
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Predominantemente hiperativo/impulsivo: quando a hiperatividade e impulsividade predominam;
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Combinado: quando há uma mistura significativa dos dois grupos de sintomas.
Causas e Fatores de Risco
O TDAH tem uma base neurobiológica e genética comprovada. Entre os principais fatores associados estão:
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Genética: estudos indicam que o TDAH é altamente hereditário, com parentes de primeiro grau apresentando maior risco;
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Alterações neuroquímicas e estruturais: disfunções em circuitos cerebrais ligados à atenção, controle inibitório e regulação emocional, envolvendo neurotransmissores como dopamina e noradrenalina;
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Fatores pré e perinatais: exposição a toxinas, tabagismo materno, prematuridade e baixo peso ao nascer;
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Ambiente psicossocial: embora não cause o transtorno, pode influenciar a gravidade e o manejo dos sintomas.
Diagnóstico do TDAH
O diagnóstico do TDAH é clínico e multidisciplinar, baseado em avaliações médicas, psicológicas e educacionais. Deve considerar:
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Presença dos sintomas antes dos 12 anos de idade;
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Sintomas presentes em pelo menos dois ambientes (casa, escola, trabalho);
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Impacto negativo significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional;
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Exclusão de outras condições que possam explicar os sintomas.
O diagnóstico é fundamentado nos critérios do DSM-5 e requer a coleta de informações de familiares, professores e, quando possível, do próprio paciente.
Impactos do TDAH na Vida do Indivíduo
O TDAH pode afetar várias áreas da vida:
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Acadêmica: dificuldades de concentração e organização levam a baixo rendimento e reprovações;
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Social: impulsividade e dificuldade em controlar emoções podem prejudicar amizades e relações familiares;
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Profissional: desatenção e desorganização dificultam o desempenho e a manutenção do emprego;
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Emocional: maior risco de baixa autoestima, ansiedade, depressão e comportamentos de risco.
Tratamentos para o TDAH
O tratamento do TDAH é multidisciplinar e deve ser individualizado, combinando:
1. Tratamento Medicamentoso
Os medicamentos estimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, são os mais utilizados e eficazes para controlar os sintomas. Existem também medicamentos não estimulantes, como a atomoxetina, indicados em alguns casos.
O uso de medicamentos deve ser acompanhado por profissionais especializados, com monitoramento dos efeitos colaterais e ajuste das doses.
2. Psicoterapia
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Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda a desenvolver habilidades de organização, controle emocional e resolução de problemas;
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Treinamento de habilidades sociais: para melhorar a interação e comunicação;
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Psicoeducação: para pacientes e familiares entenderem o transtorno e aprenderem estratégias de manejo.
3. Intervenções Educacionais
Adaptações no ambiente escolar, como tempo extra para provas, instruções claras e uso de recursos visuais, podem facilitar o aprendizado.
4. Apoio Familiar e Social
Orientação e suporte para familiares são fundamentais para criar um ambiente acolhedor e estruturado.
TDAH na Vida Adulta
Embora o diagnóstico seja mais comum na infância, o TDAH pode persistir na vida adulta, manifestando-se de forma diferente:
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Dificuldade em manter o foco no trabalho;
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Impulsividade em decisões financeiras e relacionamentos;
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Problemas com organização e cumprimento de prazos;
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Sentimentos de frustração e baixa autoestima.
O tratamento na idade adulta segue os mesmos princípios, com foco em melhorar a qualidade de vida e o funcionamento diário.
Mitos e Verdades Sobre o TDAH
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Mito: TDAH é falta de educação ou preguiça.
Verdade: É um transtorno neurobiológico legítimo, não uma questão de comportamento voluntário. -
Mito: TDAH é só coisa de criança.
Verdade: Pode persistir na vida adulta e afetar várias áreas da vida. -
Mito: Medicamentos para TDAH causam dependência.
Verdade: Quando usados corretamente, são seguros e eficazes.
Estratégias para Conviver Melhor com o TDAH
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Criar rotinas e usar agendas para organização;
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Dividir tarefas grandes em etapas menores;
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Praticar exercícios físicos regularmente;
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Buscar apoio psicológico e educacional;
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Manter comunicação aberta com familiares e professores.
Conclusão
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma condição complexa, mas com diagnóstico e tratamento adequados, é possível levar uma vida produtiva e satisfatória. A informação correta, o apoio profissional e familiar são essenciais para o sucesso no manejo do TDAH.
Este texto foi elaborado para informar, esclarecer dúvidas e apoiar pacientes, familiares e profissionais, contribuindo para a compreensão e o enfrentamento do TDAH.
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⚠️ Aviso Importante:Este conteúdo tem finalidade exclusivamente informativa e educativa. Ele não substitui, em hipótese alguma, o diagnóstico, o acompanhamento ou o tratamento feito por médicos, psicólogos ou outros profissionais da saúde.Se você enfrenta sintomas persistentes de ordem emocional, física ou mental, procure imediatamente orientação médica ou psicológica especializada.A hipnose clínica é uma ferramenta terapêutica complementar, e deve ser utilizada com responsabilidade, sempre respeitando a individualidade e a complexidade de cada pessoa.
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