quarta-feira, 18 de junho de 2025

Vício em roer unhas (onicofagia)

 


Onicofagia: Muito Além do Hábito de Roer Unhas

Compreendendo, Prevenindo e Tratando o Vício que Afeta Milhões


A onicofagia, popularmente conhecida como o hábito de roer unhas, é um comportamento que, à primeira vista, pode parecer inofensivo ou apenas uma questão estética. No entanto, essa prática, que afeta entre 20% e 30% da população mundial em todas as faixas etárias, revela-se um problema de saúde física e emocional, carregando consigo riscos, consequências e desafios que vão muito além das aparências. Este texto explora de forma aprofundada a onicofagia, suas causas, impactos, tratamentos e estratégias de prevenção, oferecendo um panorama completo e profissional sobre o tema.

O Que é Onicofagia?

Onicofagia é o termo médico utilizado para descrever o ato compulsivo de roer as unhas, podendo envolver tanto as unhas das mãos quanto, em casos mais raros, dos pés. O comportamento geralmente se inicia na infância, por volta dos 4 a 6 anos, e pode persistir pela adolescência e vida adulta, tornando-se um hábito difícil de abandonar.

Embora seja frequentemente visto como um simples “mau hábito”, a onicofagia é classificada como um transtorno do controle do impulso, podendo estar relacionada a fatores emocionais, psicológicos e ambientais.

Por Que as Pessoas Roem Unhas?

Diversos fatores podem desencadear ou perpetuar a onicofagia. Ansiedade e estresse são os motivos mais frequentes, funcionando como uma válvula de escape para emoções negativas. Muitas pessoas roem unhas em situações de tédio e inatividade, como durante espera ou monotonia. Crianças podem adotar o hábito ao observarem adultos ou colegas, por imitação. A sensação oral, fome, insegurança, medo ou timidez também podem levar ao ato de roer unhas. Para alguns, o hábito proporciona prazer e relaxamento, funcionando como uma forma de alívio ou satisfação.

Em geral, o ato é automático e inconsciente, ocorrendo durante atividades que exigem concentração ou em situações emocionalmente carregadas.

Onicofagia: Transtorno ou Mau Hábito?

Especialistas divergem sobre a classificação da onicofagia. Para alguns, trata-se de um mau hábito comportamental, sem necessariamente estar ligado a transtornos mentais graves. Em casos mais acentuados, com prejuízos evidentes à saúde ou à vida social, pode ser enquadrada como um transtorno do controle do impulso, ou até mesmo como manifestação de ansiedade ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) em situações extremas.

O importante é avaliar a intensidade e gravidade do comportamento. Quando o roer de unhas leva a ferimentos, infecções ou sofrimento emocional, é fundamental buscar orientação profissional.

Consequências da Onicofagia

Apesar de muitas vezes subestimada, a onicofagia pode trazer sérios riscos à saúde.

Danos às Unhas e Pele incluem deformidades, cortes, rachaduras, bolhas e sangramentos. O ato contínuo pode alterar a estrutura e o formato das unhas, comprometendo seu crescimento, além de causar feridas e sangramentos. A paroníquia, infecção crônica da pele ao redor das unhas, pode se manifestar com inchaço, vermelhidão e dor.

A onicofagia também é uma porta de entrada para infecções bacterianas, virais e fúngicas. Feridas abertas facilitam a entrada de microrganismos, podendo levar a infecções locais ou sistêmicas. Além disso, ao levar os dedos à boca, germes presentes sob as unhas são ingeridos, aumentando o risco de infecções intestinais e verminoses.

Os prejuízos à saúde bucal incluem desgaste do esmalte dentário, lesões nas gengivas e alterações no posicionamento dentário, especialmente em crianças. O hábito pode ainda agravar ou desencadear o bruxismo.

Outras complicações envolvem problemas respiratórios devido à inalação de partículas contaminadas, lesões no estômago e intestinos por ingestão de pedaços de unha e dificuldades em atividades manuais, como tocar instrumentos ou desenhar.

Impacto Psicológico e Social

Além dos danos físicos, a onicofagia pode afetar a autoestima e o convívio social. Pessoas com unhas roídas podem sentir vergonha e constrangimento, evitando o contato social. No ambiente profissional, o hábito pode ser interpretado negativamente, como sinal de ansiedade, falta de autocontrole ou desleixo. Esse cenário pode gerar um ciclo de ansiedade, em que a vergonha pelo hábito aumenta o estresse, alimentando o comportamento.

 Diagnóstico e Avaliação

O diagnóstico da onicofagia é clínico, baseado no relato do paciente e na observação das unhas e dedos. Em casos graves, pode ser necessário avaliar a presença de transtornos associados, como ansiedade, depressão ou TOC.

Estratégias e Tratamentos para Parar de Roer Unhas

Superar a onicofagia exige motivação, autoconhecimento e, em alguns casos, apoio profissional. As principais abordagens incluem medidas comportamentais, intervenção psicológica e tratamento medicamentoso.

Medidas comportamentais como esmaltes de gosto amargo tornam o ato de roer desagradável, funcionando como barreira física e sensorial. Unhas postiças dificultam o acesso às unhas naturais, protegendo-as durante o processo de abandono do hábito. Chicletes sem açúcar ou mordedores mantêm a boca ocupada, reduzindo a necessidade de estímulo oral. Atividades manuais, como artesanato ou uso de bolinhas de borracha, desviam o foco do hábito. Manter as unhas bem cortadas evita que pontas mal aparadas sirvam de gatilho para o ato compulsivo.

A intervenção psicológica inclui terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a identificar gatilhos emocionais e desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade. Técnicas de relaxamento como meditação, respiração profunda e mindfulness auxiliam no controle do estresse e impulsos. Psicoterapia é fundamental em casos de transtornos associados.

Em situações graves, com sofrimento intenso ou associação a transtornos psiquiátricos, podem ser indicados medicamentos para controle da ansiedade, sempre sob orientação médica.

Prevenção da Onicofagia

A prevenção do hábito de roer unhas passa por educação e conscientização, ensinando crianças e adolescentes sobre os riscos e consequências do hábito. O exemplo familiar é fundamental, já que adultos devem evitar o comportamento para não incentivar a imitação. Ambientes acolhedores que reduzem situações de estresse e promovem o diálogo aberto sobre emoções ajudam a prevenir o desenvolvimento do hábito. A promoção de atividades alternativas que mantenham as mãos ocupadas também é recomendada.

Quando Procurar Ajuda Profissional?

Se o hábito de roer unhas causa dor, infecções, sofrimento emocional ou prejuízo nas relações sociais e profissionais, é hora de buscar orientação médica ou psicológica. A intervenção precoce aumenta as chances de sucesso no controle da onicofagia e na prevenção de complicações.

Considerações Finais

A onicofagia é muito mais do que um simples hábito; é um reflexo de questões emocionais e comportamentais que merece atenção e cuidado. Abandonar o vício de roer unhas é possível com determinação, estratégias adequadas e, quando necessário, apoio profissional. Cuidar das unhas é também cuidar da saúde e do bem-estar emocional.


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⚠️ Aviso Importante:

Este conteúdo tem finalidade exclusivamente informativa e educativa. Ele não substitui, em hipótese alguma, o diagnóstico, o acompanhamento ou o tratamento feito por médicos, psicólogos ou outros profissionais da saúde.

Se você enfrenta sintomas persistentes de ordem emocional, física ou mental, procure imediatamente orientação médica ou psicológica especializada.
 


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